quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Homo sapiens

Para ler ouvindo: Maria Rita - Cara Valente

O post de hoje é meio nada a ver, é meio indignação.
Dia desses aconteceu um fato que me levou a refletir sobre o comportamento dos homens na sociedade.
Calma, não estou aqui para generalizar e nem pra posar de feminista, não é isso. Mas reflitam comigo...
Já reparou como eles se protegem? Como eles são unidos?
Os homens são como a oposição política no Brasil, isso no tempo em que o PT fazia parte da oposição. Sim, porque o que temos hoje não se pode chamar de o-p-o-s-i-ç-ã-o (com todas as letras). Eles são de uma união incrível e todo mundo sabe que a união faz a força. Ahhh, se as mulheres fossem unidas que nem eles...

Vamos aos exemplos práticos:
- homem guarda segredo de outro homem, ou seja, acoberta mentira, não dedura;
- homem sempre defende homem, mesmo que aquele esteja errado;
- homem não compete com outro, pelo menos não como as mulheres;
- homem não fala mal de outro. Alguém já ouvi um homem dizer que o outro dirigi mal? Eu não. E emprestar um carro pra uma mulher? Meio difícil, né? Já pra um homem...

Mas muita coisa está mudando nessa comunidade. Hoje:
- homem pinta as unhas, faz progressiva no cabelo e pinta;
- homem se preocupa com o que está ou não na moda;
- homem usa bijuterias, leia-se colares;
- homem fica cuidando da casa enquanto a mulher vai trabalhar;

Para os homens tudo é mais fácil, a começar pela hora de ir ao banheiro, e boa parte dessas facilidades é decorrente dessa união masculina.

Mulheres, pensem nisso e se unam! Quem sabe assim podemos reverter o quadro ao nosso favor, hã?

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

E agora João?

:: As ruas do Recife estão às escuras...
... mas o desfile da Mangueira no Carnaval 2008 será um espetáculo.

:: As ruas do Recife estão esburacadas...
... mas o desfile da Mangueira no Carnaval 2008 será um espetáculo.

:: A Basílica do Carmo fechou as portas...
... mas o desfile da Mangueira no Carnaval 2008 será um espetáculo.

:: Todos nós continuamos a pagar impostos...
... mas o desfile da Mangueira no Carnaval 2008 será um espetáculo.

Nada contra o carnaval do RJ e nem a escola de samba Mangueira, mas que a Prefeitura podia investir esse dinheiro em coisas mais locais e urgentes, ahhh, isso bem que podia.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O que Prada ensina


Como havia prometido em um dos posts anteriores, aqui estão fragmentos do texto sobre as lições que podemos tirar do filme "O Diabo Veste Prada":

"Andrea demonstra qualidades indispensáveis para qualquer profissional que deseja sucesso no mundo corporativo: equilíbrio emocional para aceitar os ataques da colega Emily, além de maleabilidade e flexibilidade dentro de universo com o qual não se identificava (divas da moda magérrimas, batendo seus saltos altos pelos corredores da redação).

É um exemplo de que as pessoas são adaptáveis e, quando querem, conseguem superar os próprios limites. Depois que Andrea foi colocada frente ao desafio, recusou-se a fracassar, um ponto fundamental para quem deseja vencer.

Como assistente pessoal de Miranda, Andrea vê-se forçada a suportar toda uma série de abusos, realizando tarefas como encomendar-lhe o almoço, tratar-lhe da roupa suja, fazer-se de motorista para a cadelinha, preparar-lhe as viagens… A funcionária é obrigada a estar disponível à chefe nas 24 horas do dia, sem jamais receber um elogio. Para piorar, a arrogante e insegura assistente Emily, que enxerga em Andrea uma ameaça ao seu emprego, lhe atribui críticas e menospreza suas habilidades – problemas a que todos estamos sujeitos, principalmente no início do emprego. Ao final, Andrea consegue conquistá-la (outra habilidade necessária para manter o bom relacionamento inter-pessoal no dia-a-dia).

Diante do abuso de poder praticado por Miranda (motivo que, no mundo real, tem rendido uma série de processos para as organizações por assédio moral), Andrea acaba anulando sua vida pessoal na medida em que os pedidos da chefe, sempre emergenciais, tornam-se cada vez mais absurdos, a qualquer hora do dia ou da noite. Ela se adapta de tal forma que vive uma mudança radical, tanto física quanto comportamental.

Nota-se que a jovem personagem tinha obsessão pela sua carreira. Quando percebe que poderia transformar todos aqueles desafios em oportunidades, doa-se de corpo e alma. Talvez ainda não tivesse entendido que para isto tudo tinha um preço a pagar. A pergunta é: será que um ano de sacrifício ao serviço de um "diabo" que veste Prada não é um preço demasiadamente alto? Este é um drama presente na vida de muitas pessoas.

O filme ensina, além da importância da preparação na busca de um emprego, que nem tudo vale a pena para mantê-lo. Perseverança, dedicação, humildade, seriedade e honestidade são fatores muito relevados no mundo corporativo, mas nada deve ultrapassar o limite de nossa dignidade e integridade."

"Ah, vida real, um dia eu troco de canal..." Essa é uma batalha diária.

Fonte: Texto de Maria Bernadete Pupo – publicado na Revista VENCER!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Sandy e Júnior Acústico MTV – Play or stop?







A dupla Sandy & Junior está lançando o Acústico MTV. O disco vem encerrar uma carreira de 17 anos, 18 álbuns lançados e cerca de 15 milhões de cópias vendidas. Os irmãos anunciaram o fim da dupla em abril e gravaram o último álbum nos dias 5 e 6 de junho, em São Paulo. No entanto, os fãs terão que esperar até 10 de agosto para conferir o resultado final, pois será o dia em que o disco chegará às lojas.

No repertório, os hits, que marcaram a carreira da dupla, recebem novos e excelentes arranjos. Entre faixas, destaco “Nada Vai Me Sufocar”, numa versão com jeitão reggae, “Desperdiçou” e “Estranho Jeito de Amar”, que já era linda, ficou ainda melhor acústica. A aventura da dupla pela língua inglesa também está registrada nesse CD, sendo representada por “Love Never Fails”.

O disco conta com as participações especiais de Ivete Sangalo, Marcelo Camelo e Lulu Santos. Aqui o destaque vai para Marcelo Camelo, que canta “As Quatro Estações” com Sandy. Essa versão ficou simplesmente P-E-R-F-E-I-T-A.

Eu aperto PLAY para o Acústico MTV Sandy & Júnior. ;)

domingo, 5 de agosto de 2007

Por que as pessoas criam um blog...

...se terminam deixando ele de lado, em detrimento de outros afazeres mais urgentes ou que demandem mais atenção?

Putz, hoje faz exatamente um mês desde a última postagem. Então, isso significa que já está mais do que na hora de postar de novo.

Além disso, hoje é domingo, ou seja, aquele dia chato, de preguiça e que vem anunciar a chegada da “querida” segunda-feira. Não lembro de conhecer alguém que goste da segunda-feira. Aliás, tem muita gente que nem do domingo gosta. Mas, enfim, hoje é um dia legal pra postar já que muitos dos meus leitores aproveitam para acessar a net e navegar tranqüilamente.

Bom, o dia aqui em Recife está bom. Um céu azuuul, um sol legal, apesar de amanhecido nublado.

Como diria Miranda Priestly: "That's all!" Por falar nela, na próxima postagem devo comentar sobre um texto que comparava o filme à realidade do mercado.

E obrigada pelas visitas!! =D

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Quem inventou a TPM?

Para ler ouvindo: Luxúria - Ódio - http://app.radio.musica.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umamusica&nomeplaylist=009217-4_01<@>Luxuria<@>Ódio<@>Luxuria<@>0409<@>Luxuria<@>Sony_-_BMG<@>

Meu Deus, o que é esse "fenômeno" que assombra a vida das mulheres e dos homens que com elas convivem? Quem a inventou?

Para ajudar a entender do que se trata, vamos à explicação científica:

É um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher.

A TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social.

A tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central.

Os sintomas mais comuns incluem: Irritabilidade (nervosismo), Ansiedade (alteração do humor com sentimentos de hostilidade e raiva), Depressão (com sensação de desvalia, distúrbio do sono, dificuldade de concentração), Cefaléia (dor de cabeça), Mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade das mamas), Retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas), Cansaço, Desejos por alguns alimentos como chocolates, doces e comidas salgadas.

Bom, se você, cara leitora desconhece esse "fenômeno", nunca sentiu nenhum desses sintomas, então levante suas mãos para o céu e agradeça. E se você, caro leitor, nunca sofreu as conseqüências desse "fenômeno", também agradeça.

Mas a pergunta que não quer calar é: quem inventiu isso e com que finalidade. Bom, alguns médicos acham a menstruação desnecessária e realizam tratamentos para que suas pacientes interrompam o ciclo menstrual. Já outros, acham essa atitude absurdo, uma vez que é durante a menstruação que a mulher elimina as "impurezas", ou melhor dizendo, elimina tudo o que o organismo produziu para fecundar um óvulo que não "veio".

Ok. Uma explicação para a finalidade. Mas quem inventou? ¬¬

Humm, teria sido uma bruxa má, que com inveja de uma linda princesa, jogou um feitiço sobre ela e suas descendentes: todas as pessoas do sexo feminino iriam sofrer, ao menos uma vez por mês, as conseqüências daquele feitiço. E não haveria beijo de príncipe que as libertassem desse mal. Pelo contrário, muitas vezes, os próprios príncipes não agüentariam tamanha "pressão". hehehe

Mas vocês devem estar querendo mesmo saber o que fazer quando essa maldição estiver em ação. Bom, então vamos às orientações:

1) a TPM não é grave e que os sintomas podem variar a cada ciclo;
2) deve-se realizar modificações alimentares com diminuição da gordura, sal, açúcar e cafeína (café, chá, bebidas a base de colas), além de fracionar as refeições;
3) fazer dieta com boas fontes de cálcio (leite e iogurte desnatado) e magnésio (espinafre);
4) diminuição da ingestão de álcool e parar de fumar;
5) fazer exercícios regulares (aeróbicos: 20 minutos 3 vezes por semana);
6) manejar o estresse.

Bye!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Irresistível!

Para ler ouvindo Pato Fu - Made in Japan

Hummm, horário de almoço, a fome aperta, você entra no blog e vê uma foto dessas e aí bate aquela vontade... (isso é, para quem gosta da culinária japonesa).

Hoje o blog irá atuar na área gastronômica. Essa semana li uma matéria que falava sobre os benefícios desse tipo de alimentação regada à peixe cru. O título da matéria dizia "Para provar um sushi, vale até usar o garfo". Aí parei e pensei em como começou a minha relação com o suhi. No início foi tudo muito difícil, primeiro porque não gosto muito de peixe, ainda mais cru. Em seguida, tive que enfrentar os "pauzinhos", ou melhor dizendo, o hashi.

Bom, para encurtarmos a história, hoje sou fã de carteirinha dessa culinária e recomendo. Para quem estar disposto a provar, sugiro que comece pelo sushi carioca, que é frito e com cream cheese (o meu preferido).

Quanto ao hashi, caso você não consiga pegar, peça para o garçom colocar uma liga na extremidade deles e tente de novo. Se ainda você não conseguir, peça um garfo e seja feliz! =)

Para um melhor entendimento da culinária japonesa, sugiro os seguintes sites:
Marco Vieira - para tirar dúvidas de quem é quem na cozinha japonesa;
Cozinha Japonesa - Um site completo sobre essa cozinha, com dicas, indicação de restaurantes e lojas de restaurantes.

Acompanhe agora a tabela calórica:

Alimentos Quantidade Calorias
Califórnia 1 unidade 29 Kcal
Guioza (pastel recheado com carne de porco e legumes) 1 unidade 77 Kcal
Kappamaki (rolinhos de alga, arroz e pepino) 1 unidade 19 Kcal
Missohiro (sopa a base de soja) 1 unidade 50 Kcal
Sushi de atum 1 unidade 24 Kcal
Sushi de camarão 1 unidade 27 Kcal
Sushi de linguado 1 unidade 10 Kcal
Sushi de polvo 1 unidade 8 Kcal
Sushi de salmão 1 unidade 15 Kcal
Tekkamaki (rolinhos de arroz e atum) 1 unidade 24 Kcal
Tempurá de berinjela 1 unidade 44 Kcal
Tempurá de camarão 1 unidade 61 Kcal
Tempurá de cenoura 1 unidade 30 Kcal
Tempurá de couve-flor 1 unidade 68 Kcal
Tofu gelado com cebolinha 1 unidade 73 Kcal
Sashimi de atum 1 unidade 19 kcal
Sashimi de salmão 1 unidade 17 kcal
Yakissoba 1 colher de sopa 23 kcal
Rolinho primavera 1 unidade 181 kcal
Banana caramelada 1 unidade 296 kcal

*Foto: MSN Minha Vida

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Luto!

Para ler ouvindo: Como nossos pais - Elis Regina

Comecei essa semana com uma notícia não muito agradável. Estava assistindo aos noticiários locais, no horário do almoço, quando soube que um amigo havia sofrido um acidente e morrido no local.

Vamos à notícia:

“O estudante de turismo Rafael Lucena de Araújo, 24 anos, morreu, ontem, após perder o controle do carro e bater em uma placa de sinalização, na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O acidente aconteceu às 6h30, no trecho próximo ao Pólo Pina. Testemunhas informaram aos parentes da vítima que o jovem bateu com o veículo após ter sido perseguido por duas motos."

Já é difícil perder uma pessoa querida, imagine dessa forma. Fiquei mais triste quando me lembrei que há uns 15 dias, havia reencontrado ele e o mesmo me disse que estava bem: trabalhando, se formando. Ele era uma boa pessoa, esforçado. Enfim, não merecia essa morte precoce.

Ultimamente, a primeira impressão que tenho, ao ler os jornais, é de que a minha geração está morrendo. A cada dia, mais e mais jovens, entre 18 e 29 anos, estão sendo vítimas de violência, acidentes... fatalidades.

Enquanto nossos jovens morrem, nossos governantes, em especial os locais, estão preocupados com a construção de um parque na zona sul ou outras amenidades que não requerem urgência.

É, é difícil ver pessoas próximas a você morrendo e os governantes só se preocupando com “enfeites” para a cidade.

Fonte: http://jc.uol.com.br/jornal/2007/05/29/not_233590.php

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Play or Stop?


Olá pessoal!!! Hoje é a estréia da coluna “Play or Stop?” Bom, neste espaço eu recomendarei (ou não) um filme, um dvd, um cd, um artista, uma peça teatral, uma exposição... enfim, algo cultural.

E a abertura será com o novo CD da cantora Ivete Sangalo (Ivete: ao Vivo no Maracanã). Nele, podemos ouvir o registro do show que parou o Rio de Janeiro, em dezembro de 2006. A cantora interpretou canções inéditas além de seus maiores sucessos, acompanhada por um público de mais de 60 mil pessoas. Este sétimo álbum faz parte do projeto ao vivo do canal de TV a cabo Multishow.

Para esse show, Ivete contou com participações especiais de Samuel Rosa (em "Não Vou Ficar"), Alejandro Sanz ("Corazón Partío"), Durval Lelys (em "Bota pra Ferver"), Saulo Fernandes ("Não Precisa Mudar") e MC Buchecha ("Nosso Sonho/ Conquista/ Poder").

No geral, um CD traz mesmo aquele clima de festa, bem característico da cantora. Além dos grandes hits, tem também músicas inéditas. Destaque para “Não Precisa Mudar”, “Deixo” e "Ilumina". As duas primeiras seguem a linha balada, sendo que a primeira é um axé-romântico e a segunda é uma balada propriamente dita e já está tocando nas rádios. Quanto a terceira pode-se dizer que se trata de uma referência à música baiana e à já conhecida utilização de vogais no refrão. Mas é um axé dançante, bem astral.

Para quem curtiu o Ivete Sangalo MTV Ao Vivo, também gostará desse CD, uma vez que segue a mesma linha. No entanto, a produção para esse álbum foi muito mais grandiosa do que o anterior. Como se poderá ver no DVD. Mais aí já é assunto pra outro post.

Enfim, aperto play para Ivete: ao Vivo no Maracanã!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Se mancol chamando...


Para ler ouvindo O Telefone tocou novamente - Jorge Ben Jor

Tava “passeando” pela página principal do UOL, quando me deparei com o link “Etiqueta do celular”. E parei para refletir sobre o seguinte fato: o Brasil tem 102,13 milhões de telefones celulares (dados registrados em março/2007). Quantos, desses 102 milhões de usuários, sabem utilizar corretamente esse meio de comunicação? Aliás, não só esse como todos os outros também. No entanto, nesse post vou ficar só na telefonia móvel mesmo.

Se bem que, pedir que as pessoas saibam usar o bom censo na hora de fazer uma chamada através de um celular é pedir muito, principalmente se estiver falando de um país como o Brasil, que nem educação básica de qualidade tem. Bem, voltemos ao celular. Decidi então visitar o link e me deparei com os seguintes mandamentos:

1. Não falarás enquanto dirige
Já existem pessoas suficientes no mundo com problemas para controlar veículos ou telefones individualmente. Coloquem-os juntos e teremos um grande perigo (..).

2. Não usarás seu fone Bluetooth em qualquer situação
Você está lá, usando seu fone Bluetooth, porque a qualquer momento uma ligação urgente pode surgir, e você precisa estar disponível de qualquer jeito para atender. (...)

3. Não falarás mais alto no seu celular do que falaria em qualquer outro telefone Sim, é verdade que o celular não transmite o que você diz da mesma forma que em um telefone comum. Mas mesmo assim eles captam e transmitem sua voz satisfatoriamente. (...)

4. Não deverás se apegar demais ao seu celular Por razões óbvias, dependência por comunicação contínua não é saudável. No trabalho, você pode até enlouquer com ela, mas em casa, dê um descanso ao seu aparelho.

5. Não deixarás o celular em cima da mesa caso ele toque
(...) Se ele tocar, você pode ouví-lo muito bem se ele estiver no seu bolso ou cinto.

6. Não tornarás o celular mais importante do que a empresa
(...) Isso significa não fazer ligações quando um garçom está anotando seu pedido (...) ou quando está em uma fila.

7. Não deixarás o celular tocando apenas para mostrar seus toques “descolados” Os ringtones viraram mania. Mas ninguém precisa ficar ouvindo o hino do seu time de futebol só porque você quer mostrar seu amor à torcida.

8. Deverás desligar seu celular em funerais, casamentos, aulas de yoga e quaisquer locais onde não seria permitido levar uma criança chorona
Faça o teste do bebê chorão. Se você ficasse envergonhado em ter uma criança chorando em determinada situação, então silencie seu telefone.

9. Não gravarás uma mensagem de introdução com duração superior a 15 segundos
(...) Muitos se lembram da gravação da secretária eletrônica de George Constanza, do seriado Seinfield (...). Era brilhante, mas desculpe, somente a turma do seriado tinha paciência para escutá-la até o final.

10. Nunca atenderás seu celular enquanto estiver no banheiro
Na era da informação, não podemos perder de vista três letras importantíssimas: TMI (Too Much Information). Essa expressão é utilizada quando se divulga informações pessoais em excesso, a ponto de fazer o receptor se sentir desconfortável.

*Fonte http://idgnow.uol.com.br/telecom/2007/04/18/idgnoticia.2007-04-18.3191146142/IDGNoticia_view?pageNumber=2

Eu ainda acrescentaria alguns itens, tais como:

11. Não insistirás em uma chamada
Não tem coisa pior do que não poder (ou querer) atender a uma chamada e o dito-cujo do outro lado ficar insistindo, direeetoooo. Assim, se a pessoa não atendeu de primeira, alguma coisa tem, né. Dá um tempo e tenta novamente mais tarde, mas não um minuto depois.

12. Pegar um celular emprestado, sem autorização do dono
Isso é o fim. Pegar emprestado já é chato, ainda mais sem permissão e para realizar chamadas ou enviar mensagens. Vamos se tocar, né, pessoal! Se quiser emprestado, peça ao dono, pelo menos.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Um pai hi-tech

Para ler ouvindo... infelizmente, como a música que eu realmente queria não existe nos acervos das rádios on-line, preferi não citar nenhuma

Pai dos burros. Vocês se lembram dessa expressão muito utilizada antigamente? E o significado dela, vocês também lembram.

Pois é, há um certo tempo era comum se referir ao dicionário dessa maneira. Ele é muito utilizado, principalmente, para pesquisas sobre o significado e a grafia de palavras (geralmente aquelas que se preocupam em escrever bem).

No entanto, o tempo foi passou e a tecnologia nos apresentou a uma tal de internet. Ou seja, temos, a um clique, não só o significado de palavras como muitas outras coisas. Em especial, quero destacar duas “ferramentas” desse meio de comunicação: Google e Wikipedia. Eles são duas formas riquíssimas de pesquisa.

O primeiro é uma mão na roda na vida de qualquer pessoa, pelo menos na minha é. Eu até brinco com meus amigos e o chamo de Tio Google. Tudo que não sei, pergunto a ele. Ele é um sábio! Ops! Será que é mesmo? Nem tanto. É preciso ter um certo cuidado ao fazer pesquisas nele, pois não se deve acreditar em tudo, uma vez que ali pode aparecer o que qualquer um “joga na rede”.

O segundo é mais sério do que o Google, mas mesmo assim também se deve ter o pé atrás. Por que? Porque se trata de uma enciclopédia, na qual qualquer pessoa pode acrescentar definições, informações, dados, estatísticas... qualquer coisa.

Mas, onde é que está seu Dicionário Aurélio e sua Enciclopédia Barsa (na versão impressa, claro!)? Nem sabe mais, né? É, os tempos passam, e esses pais-dos-burros ganham suas versões digitais ou similares digitais. É a tecnologia!

Até a próxima!!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Música é poder

Para ler ouvindo Pitty - Déjà Vu:

Caros leitores, após uma semana de jejum, estou de volta e com algumas novidades para o blog. Aguardem!!

Sempre acreditei no poder da música, seja como terapia, como resgate social ou como ferramenta auxiliar no processo educacional. Acredito tanto, que o meu trabalho de conclusão de curso foi exatamente sobre isso: a função social da música.

Pois bem, dia desses, em uma dessas conversas informais da vida, fui perguntada se sabia da existência de arquivos com a extensão “LRC”. Realmente não conhecia, mas, fui pesquisar. E me encantei com o que descobri. Mas, o que é LRC? “LRC significa Lyric e é um tipo de arquivo para os mp3 players mostrarem a letra da música. A maioria dos mp3 players tem a função de mostrar a letra da música que está tocando no display do aparelho.”

Isso mesmo, um arquivo que permite acompanhar a letra ao mesmo tempo em que se ouve uma música. Ahh, achei isso muito bom e prático, principalmente para quem gosta ou quer estudar outras línguas. Adorei conhecer esse arquivo. Todo o vocabulário da língua inglesa que hoje tenho, devo agradecer a letras de músicas e suas traduções.

Se você ainda não conhece o que vem a ser o LRC, tenho duas sugestões para dar: você pode visitar o site do portal brasileiro sobre lyric (http://www.lyric.com.br/) ou pode baixar o Minilyrics – que é um programa freeware, que passa as letras das músicas enquanto você as ouve no player do seu computador, como um videokê. O programa pode ser baixado no www.superdownloads.com.br

Até a próxima!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Ahhh, Peter...

Para ler ouvindo Clocks - Coldplay

Como tudo era mais fácil nos tempos dos nossos avós e bisavós. Naquela época, as doenças eram palpáveis: gripe, tuberculose, caxumba, papeira... Não tinha toda essa abstração que temos hoje. Doenças comportamentais, que exigem muito mais do que um simples remedinho.

Parece-me que o lema das doenças atuais é "se eu posso complicar, para quê facilitar?" Mas quero aprofundar sobre uma em especial: a Síndrome do Peter Pan.

Para quem não conhece, a fábula clássica traz a história do garoto Peter Pan, que não quer, de forma alguma, se tornar um adulto. Ele mora na Terra do Nunca, que é um lugar habitado por piratas, sereias e índios, onde a infância não passa, mas é constantemente ameaçado pelo Capitão Gancho.

Sua história,
criada por James Mattew Barrie, em 1904, já foi contada nas grandes telas dos cinemas. O psicólogo americano Dan Kiley escreveu, na década de 80, um dos maiores sucessos na linha de livros de auto-ajuda, A Síndrome de Peter Pan. Mas será que ainda hoje é possível encontrar esse fenômeno? A resposta é sim. "A síndrome é uma doença, uma predisposição de personalidade que o ambiente e a educação podem ou não acelerar", diz a psicóloga Silvana Martani.

Eu mesma conheço, que eu lembre agora, uns dois Peter Pan. Pelo que pesquisei, essa síndrome "ataca" especialmente os homens. No entanto, eu consigo entende-la. Sabe porquê? Porque quando a gente cresce e começa a ter responsabilidades como
procurar emprego, pagar contas (milhares), preocupar-se com certos atos, pensar em um monte de coisas que te deixam estressado, sofrer por alguém, pensar no futuro... Ou seja, um estresse só! Principalmente quando lembramos que na infância as únicas preocupações eram: conciliar o tempo de brincar com a hora de tomar banho e fazer o dever de casa.

É, acho que a faixa etária dos 25 aos 30 anos é a de maior crise. Pois é nela que, geralmente, se termina a universidade e começa a vida adulta de verdade. Bom, vou terminar o post de hoje com dicas para quem conhece e quer ajudar um Peter.

Como identificar e ajudar um Peter Pan

- Mantém distância de compromissos, é egoísta, narcisista, e não aceita críticas (nem as construtivas);
-
Raramente tem dinheiro e quando tem, esbanja;
-
A namorada recebe juras de "pés juntos" que é fiel, mas basta conversar com alguém que esteja chateado com ele para saber que o amado flerta com todas.

Essa síndrome tem cura através de sessões de terapia. A única coisa que libertará o Peter Pan é o amor verdadeiro. Por isso, não se deve ajudá-lo financeiramente e nem alimentar suas fantasias, e sim, incentivá-lo a estudar, a trabalhar ou a construir algo.

*Imagem from: http://www.dellorcoart.com/portfolio/animation/images/peter_pan.jpg

terça-feira, 3 de abril de 2007

O manual dos namorados

Para ler ouvindo "Amanhã não se sabe" - LS Jack

O meu último post foi sobre solteiros e alguns amigos-leitores me confidenciaram que são a favor do namoro, que preferem namorar. Logo, decidi fazer um outro post, agora sobre os comprometidos.

Bom, as sensações que envolvem o namoro todo mundo já sabe: os olhos brilham, o coração acelera, as pernas ficam bambas, um só pensa no outro... No entanto, muitos namorados acreditam que seguindo as regras do "Manual dos Namoros" alcançarão a longevidade do relacionamento. Como se fosse possível mandar no coração. Doce ilusão!

Assim, como uma herança genética, essas regras vão passando de uma pessoa para outra. Todos procuram segui-las com as melhores das intenções, mas terminam obtendo um resultado insatisfatório. O que não seria nenhuma surpresa, já que cada pessoa tem seu temperamento, seu jeito, suas idéias, seus gostos, seus planos, sua forma de encarar a vida. Como regras gerais poderiam ser eficazes em casos específicos? Não dá, né?

Seria muito mais simples se esses casais apenas curtissem os momentos em que estiverem juntos, aceitarem cada um como são e soubessem equilibrar as diferenças. Eu diria que a grande chave para a longevidade de um romance é saber aproveitar o hoje, porque o amanhã não se sabe.

Até a próxima e boa Semana Santa a todos

terça-feira, 27 de março de 2007

Sou praieiro, sou guerreiro

Para ler ouvindo "Já sei namorar" - Tribalistas:
http://www.kboing.com.br/script/radioonline/radio/player.php?musica=90214&op=1

O post de hoje cairia muito bem em uma sexta-feira ou sábado à noite. É porque esses são os dias mais preferidos dos... Solteiros Convictos.

Mas que tipo da espécie humana são eles? Vamos a definição:

Solteiro: substantivo masculino. Aquele que ainda não se casou + Convicto: adjetivo. Que tem convicção de algo; convencido, persuadido = Pessoa que não se casou, que não namora e não pretende fazer isso nem tão cedo, porque tem verdadeira adoração pela solteirice.

Eles estão presentes nas melhores baladas, independente de raça, cor ou gênero, sempre com roupas e acessórios da modinha e rodeados de amigos e/ou amigas. E isso é o que os diferencia das demais pessoas, uma vez que raramente são vistos acompanhados, exceto quando estão ficando com alguém. Sim, eles ficam, mas têm pavor da palavra namoro. Sempre saem com os amigos e quando resolvem sair só, com algum(a) garoto(a), os amigos não dão trégua e ficam ligando para o celular de cinco em cinco minutos.

Conheço vários adeptos(as) desse estilo de vida. Sim, porque para eles ser solteiro é o mesmo que dizer “tenho estilo”. Quando perguntados por que não namoram, surgem as respostas, ou seria melhor dizer desculpas, mais esdrúxulas que se pode imaginar: “Porque é chato namorar”, “Porque dá trabalho”, “Porque sou novo e tenho muito o que aproveitar”, “Porque não quero me prender a ninguém”. Mas a melhor de todas foi a que ouvi de um amigo: “Porque não quero namorar por namorar, só para ter alguém ao meu lado.” É, essa é a geração tribalista, cujo lema é: “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo.”

Eu acho que os solteiros convictos devem ter passado por alguma situação traumatizante e para não sofrerem novamente, eles se protegem dessa forma.

E vocês, se consideram solteiros convictos? Bem, se você se identificou com uma ou mais situações acima citadas, então você corre sério risco de ser um solteiro convicto.

terça-feira, 20 de março de 2007

O grande irmão no trabalho

Prezados leitores,

Devido a uma semana tumultuada, com direito à falta de conexão e tudo mais, não pude postar no blog. Espero ter contado com a compreensão de vocês. No entanto, agora que tudo voltou ao normal, vamos ao post da semana.

***

Há um certo tempo, estava eu assistindo ao BBB. Vendo toda aquela história de grupo do bem pra cá, grupo do mal pra lá, parei para refletir sobre a seguinte questão: tudo o que acontece ali, também acontece na vida real. Sim, isso é óbvio, dirão muitos de vocês. Não é à toa que aquilo é um “reality show”.Mas eu vou mais adiante, especificamente, no ambiente de trabalho.


Aí na empresa onde você trabalha, já parou para analisar isso? Se manter em um emprego não seria como estar lá, jogando em busca de R$1 milhão?

Analise comigo: bem aí do seu lado deve haver um Diego, ou Alemão. Jogador experto, que tratou logo de formar um triângulo amoroso, pois sabe que o público (o patrão da história) gosta de ver casais no programa. O nome disso poderia ser puxa-saquismo, não?

O temido paredão do programa também provoca terror nas empresas. Afinal de contas, o líder da semana (o queridinho do chefe) pode indicar algum colega para o paredão (demissão, vulgo olho da rua). Colega? Não, não, amigo mesmo. Sim, porque é assim que todos eles se consideram, até serem mordidos pelo bichinho da ganância. E aí, do seu lado, você deve ter vários “brothers e sisters” como eles lá, é só observar com carinho. No entanto, para que você não termina eliminado em uma terça-feira dessas, é bom que a ficha do jogo caia rápido.

É como o personagem de
Tom Hanks diz para o de Meg Ryan no filme Mensagem para Você: “não é pessoal, são os negócios.” É a lei da sobrevivência nesse mundo capitalista. Não, não quero que ninguém se transforme em um ser frio, que não se relaciona com pessoas, não é isso. Apenas quis listar as semelhanças entre o programa e um emprego para chamar atenção de que aquilo não é apenas um programa, que muitas daquelas situações (combinação de votos, intrigas, fofocas, inveja...) acontecem mesmo. “Amigos da onça” existem em todo canto, é verdade, mas adoram habitar locais de trabalho.

Até a próxima e boa reflexão!

quinta-feira, 8 de março de 2007

Evolução Feminina




Propositalmente, atrasei um pouco a postagem dessa semana. Queria publicar no Dia Internacional da Mulher para poder prestar uma singela homenagem a todas elas.

Mulher, ser tão contraditório. Ao mesmo tempo em que é frágil, é forte. Mas de onde vem tamanha força? Da terra, do ar, do mar ou de qualquer outro lugar. A mulher já nasce guerreira.

Essa mulher parece mesmo estar em uma guerra, pois vive buscando mais. Ela foi às ruas gritar sua independência como ser e, a cada dia, tem conseguido. Embora ainda tenha que continuar lutando, dessa vez contra preconceito, ela já quebrou muitas barreiras. Hoje, ela consegue habitar lugares antes dominados pelos homens.

Profissionalmente falando, ela invadiu o "Clube do Bolinha". Podemos vê-la dirigindo um táxi, consertando um encanamento, comandando uma empresa. A mulher de hoje não fala mais só sobre unhas, cabelos, filhos, como muitos homens ainda pensam. Claro que esses assuntos ainda continuam em suas conversas, até porque a mulher não deixou de ser feminina, mas política, economia, cultura também estão fazendo parte de diálogos.

Mas há quem critique toda essa emancipação. Dia desses, em uma conversa com senhoras, elas lamentavam o surgimento dessa competição homens-mulheres. Segundo elas, hoje a mulher está mais independente e mais atirada. O que por um lado é bom, por outro nem tanto. Os homens dizem estarem assustados com toda essa revolução. A revista Veja (edição nº 1984 de 29/11/2006) teve como manchete principal “As chances de casar”. Segundo a matéria, a mulher estava casando mais tarde e que isso se devia ao fato de que ela estava cada vez mais seletiva, uma vez que o seu nível de qualificação estava maior e melhor.

Porém, onde ela quer chegar com essa revolução? Acredito que pretende mesmo conquistar um bom lugar ao sol, só que, para isso, paga-se um certo preço. Só que cabe a cada uma avaliar se está disposta a pagar por ele e até onde vale a pena. Acho que não tem dia mais apropriado do que hoje para refletir um pouco sobre isso. Um bom Dia Internacional da Mulher para todas.

*Foto: http://www.rjgeib.com/thoughts/rosa/rosa.jpg

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Mudaram as estações


Para ler ouvindo: Cássia Eller - Por Enquanto


Dia desses estava conversando com um querido amigo e filosofando sobre a vida. De repente, começamos a conversar sobre mudanças, sobre “virar a mesa”, enfim, sobre dar um novo rumo às nossas vidas.

Alguns desses rumos são, independentes da nossa vontade, tomados pela própria vida, como contrair um resfriado. Já outros, bem mais dependentes, esperam que a gente pare, reflita e decida. E isso pode acontecer desde uma simples mudança no visual até a troca de um emprego. São acontecimentos que o destino pode nos levar até eles, mas que a decisão final será nossa, só nossa.

Voltando à conversa, meu amigo chamou a minha atenção para a quebra de paradigmas. Me “catucou” com um: por que temos que fazer tudo igual aos outros? Daí, sem querer, me deparei com esse texto (abaixo) e vi como tinha a ver com a nossa conversa. Um dos trechos que mais gosto é “lembre-se de que a Vida é uma só”. E é mesmo, por isso é muito importante aprender a curtir momentos, a tirar proveito deles. Boa leitura e que uma nova consciência seja despertada!

Mude
de Edson Marques

Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.

Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.

Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.

Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.

Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.

Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.

Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.

Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.

Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.

Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.

Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.

Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.

Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.

Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.

Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda !

Repito por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!!!! (Clarice Lispector)

Esse texto tem uma polêmica, com relação a autoria dele. Mas aqui está o esclarecimento:

*Uma história mal contada

Em 2001, a agência publicitária Leo Burnett criou uma campanha para comemorar os 25 anos da Fiat no Brasil. Um dos pontos altos do comercial era um belíssimo poema sendo narrado em off. Em release divulgado pela agência, o poema é atribuído à Clarice Lispector. Uma matéria no Estado de S.Paulo chegava a dizer: "O publicitário Alexandre Skaff mergulhou na obra de Clarice Lispector e achou inspiração nos versos de ‘Mude’ para criar o filme de 25 anos da Fiat".

Entretanto, o poema "Mude", de larga circulação na internet, já foi atribuído, além de Clarice, também a Paulo Coelho e a Cecília Meireles. Paulo Coelho, com integridade, elogiou o poema mas não o reconheceu como seu. Cecília e Clarice, falecidas, não tiveram chance de fazer o mesmo.

O poeta Edson Marques afirma ser o autor do poema, registrado por ele na Biblioteca Nacional. Além disso, "Mude" também já foi interpretada por Antonio Abujamra, na peça Mefistófeles, e por Pedro Bial, no CD Filtro Solar, da Sony Music, sempre creditada a Edson Marques. Matéria da Veja, de julho de 2003, também cita a poesia "Mude" como sendo de Edson, apesar de comumente atribuída a Clarice.

Talvez tudo seria mais fácil se Edson fosse um autor à moda antiga. Mas "Mude" nunca foi publicada em meio impresso. A poesia existe na internet, nos sites de Edson e em diversos outros sites que a atribuem a ele.

**Neste poema (Mude) o autor, Edson Marques, utilizou uma frase de Clarice ao final do texto e, corretamente, creditou a frase (e apenas a frase) à autora.

Fonte: *Observatório da Imprensa.
** F
aculdade de Medicina/UFG

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Afinal, o que é o Carnaval?


Como essa semana não havia atualizado o blog, resolvi retornar com um texto sobre o carnaval. Afinal, a quarta-feira de cinzas não marca mais o fim do carnaval, uma vez que muitos blocos ainda desfilam nesse final de semana.

Bom, voltando a pergunta do título... Que o Carnaval é uma das festas mais esperadas do ano, isso todo mundo já sabe. Mas qual o poder dele sobre as pessoas?

Problemas são esquecidos e inimizades também. “Olinda quero cantar” em uma só voz. Homens se vestem de mulheres, pessoas assumem personagens diferentes daqueles que encarnam no dia-a-dia e saem para folia. São Mulheres-Maravilhas, Bobs Esponjas, Bailarinas, Palhacinhos e até os sanduíches da Mc Donald’s viram tema dos fantasiados. O que vale é brincar. Brincar além da quarta-feira de cinzas, afinal espera-se, em média, 364 dias no ano para a chegada dessa festa.

Realmente, o Carnaval é o circo (pão e circo) do brasileiro. Um circo inebriante e, muitas vezes, regado a álcool, entre outras drogas.

Em todo o país, cada um comemora do seu jeito. Uns dançam frevo, outros sambam e outros vão “atrás do caminhão.” Tem gente que paga e paga caro para estar ali, mas tem gente que com pouco já faz a festa. Mas também existem aqueles que são avessos à folia e preferem viajar para um lugar mais calmo ou até mesmo ficar quieto no seu canto.

“Quanto brilho, ó, quanta alegria”, mas tem sempre aqueles que se sentem incomodados com a festa alheia e acabam gerando dados negativos para o pós-carnaval, tais como: 70 homicídios, aumento em 8% dos atendimentos nas grandes emergências, 295 ônibus depredados (maior índice em três anos)*.

Então, o Carnaval é um misto disso tudo.

*Os dados acima citados foram divulgados pela Secretaria de Defesa Social, Secretaria Estadual de Saúde e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, respectivamente.

Foto: Divulgação/Irandi Souza

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

A que ponto chegamos?


Não podia deixar de comentar a brutal violência ocorrida na quarta-feira, dia 07 de fevereiro, no Rio de Janeiro. O garoto João Hélio Fernandes, de apenas 6 anos, foi arrastado até a morte, pendurado do lado de fora do carro roubado de sua mãe, pelas ruas de quatro bairros da Zona Norte carioca. No dia seguinte, por volta das 15h, foram presos dois suspeitos: Diego Nascimento da Silva, de 18 anos e E., de 16 anos.

Segundo matéria publicada, sexta-feira (09), na Folha de Pernambuco, o crime causou comoção até entre os policiais e o “Disque-Denúncia recebeu 24 telefonemas e anunciou recompensa de R$ 2 mil. Pessoas telefonaram e se ofereceram para pagar a recompensa. O valor subiu para R$ 4 mil.”

Diego Nascimento da Silva, de 18 anos, confessou ter dirigido o Corsa roubado, mas disse que não percebeu que a criança estava preso ao cinto de segurança. Ele já foi acusado de latrocínio, cometido quando era menor de idade. Pela morte de João, ele pode ser condenado a até 30 anos de prisão.

O que mais me chocou foi a frieza desse rapaz ao responder aos repórteres se sentia remorso pelo sofrimento dos pais de João. Ele simplesmente disse: “eu não tenho filho”.
Seis dias após a morte de João Hélio, a decoradora Márcia Monteiro sentiu na pele a mesma aflição de Rosa Fernandes (mãe de Hélio), embora com um final menos triste. Ela afirmou que voltava do trabalho em Quintino, com o filho e uma amiga quando foi fechada por um veículo com dois homens armados. Em matéria publicado no Portal G1, ela disse que ficou desesperada e só se lembrava do menino sendo arrastado. “Os assaltantes berravam cheios de raiva: rápido. Quem manda aqui sou eu!”, completou a decoradora.
Por que tanta violência? Como resolver isso? Reduzir a maioridade penal?? Quer dizer que agora todos nós seremos obrigados a andar mais amedrontados ainda?

Hoje, os jornais divulgaram a notícia de que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado discutirá, na quarta-feira (14), a redução da maioridade penal. A inclusão do assunto na pauta da comissão foi determinada pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), que é favorável à redução da maioridade para 16 anos, de acordo com informações da Agência Senado.

Em contrapartida, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, voltou a criticar o posicionamento do Congresso de só discutir medidas de combate à violência quando fatos como a morte do menino João Hélio Fernandes, 6, de grande comoção nacional, ocorrem. Segundo ela, esses temas não podem ser discutidos "em clima de forte emoção".

Concordo com a ministra, mas fazer o quê se no Brasil tudo só se resolve assim, em cima da hora. Sem contar que a redução da maioridade penal faz parte de temas polêmicos, como o aborto e a pena de morte. Será que isso irá resolver alguma coisa? Pode até ajudar, é verdade, no entanto, mais uma vez, estamos diante de uma solução paliativa. Por que não melhorar nossos serviços públicos, como educação, saúde, lazer e assim diminuir a desigualdade social?

Ah, meu Brasil, “pau que nasce torto...”

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Povão ou camarote?


Lendo o Jornal do Commercio (PE) de hoje, me deparei com o seguinte comentário do colunista Orismar Rodrigues:

Apartheid no Galo?

Diante da declaração do prefeito de que a corda em bloco de Carnaval é um apartheid social, os oposicionistas estão se perguntando: “O prefeito vai brincar o Galo da Madrugada no meio do povão, em plena Guararapes, ou vai ficar no camarote, vendo tudo do alto, regado a comidinhas e bebidinhas?”

Realmente, uma boa pergunta. Se os cordões de isolamento são apartheid social, o que dizer então dos camarotes, em especial esses organizados por grandes empresas e órgãos públicos.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

A culpa foi do cordão...


Avenida Boa Viagem, Recife, domingo, dia 03 de fevereiro. O clima era para ser de uma bonita festa: descontração, pessoas animadas. No entanto, não foi isso que foi visto no desfile do bloco Balança Rolha. O desfilou aconteceu alguns anos após o fim do Bloco da Parceria (que acontecia nessa mesma época do ano) e do Recifolia (que acontecia nos meses de Outubro). Em nenhuma dessas festas foi registrada tamanha violência, como essa de domingo.

As autoridades deram suas justificativas para o ocorrido: policiamento insuficiente (inicialmente, 215 homens foram distribuídos nas imediações do evento), erro na estimativa do número de foliões (presença aproximada de 100 mil pessoas, quando, segundo os cálculos do comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, Edilson Monteiro, responsável pelo policiamento da Zona Sul da cidade, havia 200 mil pessoas no local).

Sinceramente, é muita ingenuidade achar que em um evento com uma das cantoras mais aclamadas da música brasileira atual, como Ivete Sangalo, iria atrair só 100 mil pessoas. Havia um outro evento acontecendo, simultaneamente, só que em Olinda: o desfile das Virgens de Verdade. Lá o clima foi de tranqüilidade. Por que será hein? Segundo o comandante Edilson Monteiro, a briga entre galeras tomou conta do local. “Não havia gente de bem metida naquelas brigas.” E isso é sabido. Basta assistir às imagens registradas pelas emissoras de televisão que se percebe o mesmo grupo presente em, praticamente, todas as confusões.

Como nesse país, os políticos costumam dar apenas soluções paliativas para os problemas da sociedade, aqui surge mais uma: a Prefeitura da Cidade do Recife resolveu pôr um fim aos blocos que desfilem com cordão de isolamento. A secretária de Gestão Estratégica e Comunicação do Recife, Lygia Falcão, classificou o desfile de blocos com cordão de isolamento como um formato excludente e que não faz parte da cultura do Carnaval da cidade. Ou seja, é melhor proibir esse tipo de festa para evitar brigas, do que aumentar o efetivo de policias, do que prepará-los melhor... Concordo quando ela diz que esse tipo de bloco “não faz parte da cultura do Carnaval da cidade.” No entanto, todos os anos é assim que o Carnaval de Salvador acontece e sem maiores transtornos. Logo, mais uma prova da falta de organização do evento.

Por outro lado, a direção do Bloco Balança Rolha já havia decidido, mesmo antes de saber da proibição imposta pela prefeitura, que a agremiação não iria mais fazer desfile de rua. O diretor-executivo do bloco, André Cavalcanti, acredita que o cordão de isolamento serviu para acirrar os ânimos entre as pessoas que estavam do lado de fora, a chamada pipoca. Mas “isso não é justificativa para tanta violência. As pessoas foram com a intenção de brigar”, disse Cavalcanti.A notícia, infelizmente, teve repercussão nacional, tendo uma matéria exibida no Fantástico, da Rede Globo. Esse tipo de veiculação negativa, às vésperas do Carnaval, é muito ruim para o estado de Pernambuco, uma vez que essa é uma das épocas do ano em que mais se atraem turistas. Lamentável.

*Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem

No escurinho do cinema

Por que muitas vezes fazemos comentários tão óbvios? Você já parou para pensar, por exemplo, no que se diz logo após o fim da exibição de um filme. Geralmente a primeira coisa que se ouve ou se diz é: "gostou do filme?" Ou então, se sentir o próprio crítico de cinema: "eu achei o filme muito previsível" ou "a fotografia estava muito, não".

Atire a primeira pedra quem nunca disse algo do gênero ou, pelo menos, pensou em dizer. É praticamente inevitável. Há um certo tempo atrás vivi uma situação dessa, bem clássica. Havia ido ao cinema com mais três amigos. Nesse dia, tenho que confessar, estava sem muita paciência. Pois bem, vimos o filme (era um dos três da série Matrix, se não me engano, foi o segundo) e logo na saída, um dos meus amigos disparou: "gostaram do filme? Eu esperava mais. Preferi o primeiro." Hunf! Por que as pessoas só repetem o que os outros fazem? Por que não inovam, tentam fazer diferente?

Outra situação muito recorrente às salas de exibição é se levantar assim que os créditos aparecem na tela, que as luzes se acendem e as portas se abrem. Poxa, passamos uma hora ou mais sentados, no escurinho, com ar-condicionado e quando tudo termina temos que nos levantar às pressas? Ahhh não, não concordo com isso não. E percebo que as pessoas que se sentaram nas cadeiras da mesma fileira que eu ficam um pouco incomodados com isso. Não têm paciência de fazer como eu: se espreguiçar, ligar o celular e depois de alguns minutos, aí sim, se levantar e ir embora. Pra que pressa? Só para tumultuar ainda mais a porta da saída?

Eu hein, pessoas apressadas. Até a próxima.